17 julho 2016

You're being too hard on yourself


            “És muito dura contigo mesma” disseram-me não há muito tempo. Na altura a resposta que dei foi “Oh, as coisas têm de sair perfeitas”. “Sabes qual é o teu problema? És muito perfeccionista” disse-me a minha professora de Educação Visual quando andava no 8º ano, se não me engano. Acho que tomei essas palavras como um elogio, no momento significava, na minha opinião, que gosto de ter as coisas bem-feitas e para que tal ocorra, tempo é imprescindível, que foi o que eu pedi à professora para poder terminar os trabalhos. Normalmente só nos dava uma aula para fazer certo desenho, certo trabalho manual… Para ela talvez, mas para mim e muita gente que se queixava da tal falta de tempo, uma aula não me chegava para fazer o que ela tinha pedido, pelo menos algo que estivesse minimamente bem. Adoro desenhar e sou fiel há minha arte, por isso, comecei a levar os trabalhos às escondidas para casa para conseguir os resultados que eu queria!
                Talvez esta característica da minha personalidade não seja muito favorável, demoro imenso tempo a fazer as coisas porque vejo, revejo, volto a rever, altero isto, altero aquilo, apago, volto a por como estava até conseguir um resultado que me convença. Provavelmente é por isso, que na apresentação de trabalhos, ou outras coisas semelhantes, fico muito nervosa, pois tenho medo que não corresponda às minhas expectativas e às que eu penso que os avaliadores/examinadores e restantes ouvintes têm.  Tento ter calma, mentalizar-me de que tudo irá correr bem, de que não tenho de ter medo e que estou cá para aprender, ao fim ao cabo, aprendemos com os nossos erros, eu não sou excepção, tenho de errar, já errei e voltarei a errar e também sei que quando isso acontecer, vou passar imenso tempo a reflectir e a martirizar-me por esse mesmo erro. Eu sou assim e é isto, o que muitas vezes me dificulta dormir à noite. Por vezes é algo que pelo resto das pessoas não é considerado um falho, mas para mim é, basta dizer algo que minutos depois não me parece que seria o mais correcto a dizer. 

11 julho 2016

Euro 2016 - Final


     E pronto, tal como o elefante previu, vencemos àqueles franceses que agora andam a pedir uma petição para repetir a final, que é no mínimo, ri-dí-cu-lo. Enfim...
    Só me resta mesmo desejar os parabéns a toda a equipa portuguesa, a nós! Mas que orgulho! Que união! Que ambiente! Que festa!
    Obrigada por tudo, incluindo os momentos hilariantes durante e depois do jogo!

     PORTUGAL WINNER EURO 2016
 

08 julho 2016

When Marnie was there


           Nem tenho palavras para o que acabei de ver. When Marnie was there é um filme de animação de origem japonesa. Não se assustem! Os japoneses têm filmes incríveis, sobretudo este senhor Hayao Miyazaki, no entanto, este foi escrito e produzido por Hiromasa Yonebayashi, mais uma vez, não se assustem, o filme é magnífico, inspirador, diferente dos típicos filmes da Disney.
          Retrata a história de uma menina tímida, solitária, apática, com auto-estima reduzida, de 12 anos, Anna, que viaja para uma zona rural, onde o ar é puro, devido aos seus problemas de asma. Aí, vislumbra uma mansão do outro lado de um terreno pantanoso que a deixa intrigada e conhece Marnie, uma menina loira de olhos azuis que é o seu oposto, confiante, extrovertida, com quem vem a partilhar a sua história, as suas mágoas, as suas alegrias e a desenvolver uma grande amizade. Anna tem a noção de que Marnie não pertence, exactamente, àquele mundo, mas compreende, também, que não é totalmente fruto da sua imaginação, daí que o desenrolar do filme se baseie na descoberta de quem realmente é Marnie e que repercussões terá na vida de Anna.
           Além disso, é um filme repleto de arte, cenários incrivelmente reais, amor e simultaneamente ódio, mistério, no qual converge o sonho e a realidade e um fim que nos deixa lágrimas nos olhos, um fim lindo e imprevisível. Fiquei deslumbrada!

Recomendo, vale muito a pena!

Euro 2016


     Embora não seja grande fã (nada mesmo) de futebol, adoro todo este ambiente festivo que tem enriquecido estes últimos dias (semanas?), é bonito de se ver! Não vi os primeiros jogos, aliás só comecei a acompanhar o euro a partir do jogo Alemanha - Itália e agora ninguém me para. Não vou dar opiniões sobre o quão bem ou mal têm jogado as equipas, há sempre diferentes perspectivas, além disso, não tenho grande voto na matéria, já que não percebo nada disso. Enfim,  agora o que importa é que estamos na final e que ganhemos justamente! Estou contente, só me apetece ir festejar juntamente com o restante povo, esperemos por Domingo. 
       Parabéns à selecção Portuguesa e boa sorte!


15 fevereiro 2016

Forks over knives


Forks over Knives é um documentário que conduz à reflexão, à vontade de mudar não apenas o conteúdo das nossas refeições, como também certos hábitos. Não retrata apenas o consumismo excessivo, as más escolhas alimentares actuais, mas formas de combatermos problemas que são, infelizmente, bastante comuns nos dias que correm, tais como o colesterol, diabetes, hipertensão, cancro, obesidade, saúde mental (problemas que, nós jovens não atribuímos grande preocupação, mas que poderão surgir no futuro caso não tenhamos cuidado), corpo e até beleza. Essas formas de prevenção e progresso na saúde resumem-se a vegetarianismo e exercício físico. Claro que, para uma pessoa alterar completamente a sua dieta alimentar, deverá primeiro falar com um nutricionista, ou alguém especializado no assunto. Nem sempre aquilo que pensamos ser o melhor para nós, o é de facto.
Não sou vegetariana e ainda há pouco tempo disse ao meu irmão algo que agora (mesmo antes de ver o documentário) discordo completamente e foi o seguinte, com estas exactas palavras: «Não percebo qual é a cena dos vegetarianos, não comem carne e a carne é necessária pois contém proteínas. Basicamente só comem “ervas”, não sei como é que ficam satisfeitos e como abdicam de comer certos alimentos que na teoria fazem mal mas que nos dão um prazer enorme». Apercebi-me da tremenda ignorância com que disse estas palavras, obviamente não estava a observar o caso no seu todo. Não me lembrei do quanto os animais sofrem para que possamos mais tarde comê-los e é mesmo assim.  Todos os dias morrem num número que nem conseguimos imaginar. São tratados, tratados não, torturados, sujeitos a condições horríveis, absurdas, chocantes. Andamos de olhos tapados e não queremos enxergar a realidade que se encontra todos os dias nos nossos pratos. 
Os alimentos saudáveis são mais caros. São! Porquê?! Embora todas as campanhas e programas para uma alimentação saudável (acredito até na veracidade destes), as indústrias, o próprio governo não deve ter um grande interesse em que as pessoas mudem os seus hábitos. O fast-food e derivados, geram doenças, doenças essas que podem ser curadas com medicamentos, medicamentos (caríssimos) esses que são previamente prescritos por médicos, médicos esses que fazem operações gerando rios de dinheiro, dinheiro esse que todas as indústrias procuram, não interessando os meios para atingir os fins. É a triste realidade.
Se todos, TODOS, começássemos a comer de forma a melhorar o funcionamento do nosso organismo, de forma a tornarmo-nos mais saudáveis, aposto que haveria uma redução na produção de gado para posteriormente serem mortos. Aposto que ocorreria uma grande mudança a nível global, uma mudança positiva, em que pessoas se tornariam saudáveis e com um ou umas preocupações a menos, haveria uma diminuição da poluição, as industrias acabariam por sofrer grandes reduções de lucro, deixariam de produzir animais para unicamente sofrerem e morrerem por nós, que de humanos e racionais pouco temos.
Se me vou tornar vegetariana (ou pelo menos algo perto disso)? Vou tentar, não é fácil, visto que ninguém em casa é e na universidade as comidas vegetarianas, digamos que não parecem nada e na residência nem espaço tenho para cozinhar. É algo ao que nos temos de habituar e digamos que não é nada simples... mas vou tentar.

Recomendo este documentário, é muito bom, motivador e esclarecedor!